Enchente: sobe para mais de 600 o número de desabrigados no Amapá
Emerson Renon / a Gazeta
As enchentes que castigam a região centro oeste do Amapá já deixaram ? pelo menos ? mais de 600 pessoas desabrigadas e desalojadas no interior do Estado. O número de vítimas aumenta na mesma proporção em que o nível do rio Araguari avança. Em dois dias ? segunda e terça ? passou de 341 para 604, quase o dobro registrado nos últimos dez dias.
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Em dois dias ? segunda e terça ? passou de 341 para 604, quase o dobro registrado nos últimos dez dias. |
Os prédios da Prefeitura, da Promotoria de Justiça e até o do matadouro já foram atingidos pela água. Assim como toda área baixa. Até agora 176 pessoas estão alojadas em abrigos improvisados pelo município, em salas de aula. Outras 76 foram remanejadas para casas de parentes.
O sistema de abastecimento de água tratada foi suspenso. Toda água que chega é em carro pipa. O prefeito da cidade, Valdo Isacksson, está dando apoio às famílias. A Eletronorte, empresa responsável pela administração da Usina do Paredão, em Ferreira Gomes, também está auxiliando as vítimas com alimentos, água e outros utensílios.
De acordo com o major Janary, na última medição feita ontem (12), às 20 horas, em Porto Platon ? régua oficial da Agência Nacional de Água (ANA), que fica no município de Porto Grande ? o nível do rio Araguari estava 9,96 metros acima do normal.
Porto Grande é outra cidade atingida pela alta do rio. É o município com maior número de pessoas desabrigadas e desalojadas. Só na zona rural, 90 moradores tiveram que deixar as casas. A enchente provocou a perda de toda a produção e forçou os pescadores a suspenderem ? temporariamente ? o período de pesca na região.
Na sede do município a situação é ainda mais grave. Toda a área destinada ao lazer ? parques, praças e balneário ? desapareceram com a enchente. Segundo o cabo Jairo, do Corpo de Bombeiros, a relação entre desalojados e desabrigados é maior, 193. Totalizando, 283.
Em Serra do Navio, depois de cinco dias intensos de chuva, o sol apareceu pela primeira vez. A água do rio Amapari ? que chegou a cobrir a ponte que dá acesso a cidade ? baixou 13 centímetros. Mas, por enquanto ninguém foi autorizado a retornar as casas. A prefeitura continua dando auxilio a 119 pessoas alojadas em abrigos e residências de parentes.
Ontem, segundo o major Janary, a água já teria atingido a cidade de Cutias do Araguari. Parte da zona rural do município já estaria no fundo. Na sede, três casas teriam sido invadidas pela água. Mas até o fechamento desta edição ? às 23 horas ? nenhuma família teve de ser remanejada para abrigo.
Em Laranjal do Jari, a informação é de o nível do rio ? de mesmo nome da cidade ? estaria 1,80 metro acima do normal. A nossa equipe de reportagem não conseguiu contato telefônico com a prefeita Euricélia Cardoso para falar sobre assunto. Mas nas últimas cheias registradas no município, elas começaram quando a água atingia 1,80 acima do nível, o que pode elevar o número de desabrigados e desalojados no Amapá.
O governador Camilo Capiberibe decretou situação de emergência em Ferreira Gomes e Porto Grande.
Em Ferreira Gomes ? distante 135 quilômetros da capital Macapá ? a situação se agravou. A água continua subindo. Segundo o major do Corpo de Bombeiros, Janary Nunes, toda a frente da cidade está no fundo.
FONTE: A Gazeta em 13/04/2011
Enchente em Porto Grande - Amapá
Enchente em Ferreira Gomes
Globo News - Chuva provoca enchente em Laranjal do Jari
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