Este é o Rio Mutuacá! Por aí chegaram os portugueses vindos da Mazagão africana que fundaram a Vila de Nova Mazagão em 1770. O objetivo era abrigar as famílias de colonos portugueses e escravos vindos em decorrência dos conflitos políticos e religiosos com os muçulmanos. Quando as coisas apertaram lá, os portugueses retiraram-se para Portugal, porém, devido uma manobra política de colonização vieram parar aqui na Amazônia, onde começaram a celebrar nessa festa suas façanhas e bravura. Uma forma de relembrar e valorizar suas raízes. Me parece um movimento nostálgico para não esquecer a identidade diante de tantas adversidades e ter um renovo na auto-preservação. A festa celebra a vitória dos cristãos sobre os mouros, mas no fim das contas, o povo auto-intitulado cristão é quem teve que sair às pressas da Mazagão africana (historicamente foram praticamente expulsos). Esta é El-Jadida, a antiga Mazagão africana no Marrocos. Nessa região supostamente aconteceram os fatos conforme encenados na festa. Esta cidade foi tombada como patrimônio da humanidade em 2004. A odisséia dos portugueses até Mazagão na Amazônia foi um fato épico para o que enfrentaram. Trajetória do deslocamento das famílias mazaganistas (Mapa reproduzido por Milena Duarte e Rúbia Nogueira, na Revista do CESVASF Nº 04/2005). Ilustração de Luis Porto. Eles não vieram direto não... Passaram por Lisboa e lá esperaram cerca de 6 meses para atravessar o Atlântico até Belém (tempo em que lhes seduziram com estórias e idealizaram políticas de ocupação nas terras da amazônia). Ao chegarem na cidade paraense, as famílias aguardaram mais alguns meses para o destino final em Nova Mazagão (a cidade estava ainda sendo construída). O que será que pensavam eles antes de chegar aqui... Encontrar uma cidade como as que estavam acostumados? O deslocamento final das famílias para Mazagão foi feito em canoas e durou cerca de 2 semanas. Imagina só aquelas canoas grandes com as famílias entrando no rio Mutuacá. Um rio estreito, com uma biodiversidade desconhecida para a maioria.... Pássaros, árvores, quem sabe os macacos pulando e acompanhando com os olhos aquelas embarcações.... A ariramba voando furtiva a flor da água com seus gritos característicos, os piados diversos na mata!!! Olha foram 15, eu disse 15 dias dentro das canoas, até chegar no destino final. De Bélem para cá, deve ter sido uma odisséia de muita expectativa!!! E pensar que a maioria dos amapaenses nunca nem foi no Mazagão Velho por achar longe... O trajeto de cerca de 40 minutos desde Mazagão Novo já deixa com uma expectativa e ponta de anseio para logo chegar... Queria ver as moças olhando das canoas... Se eu fosse um rapaz lá, ia contando um monte de lorotas para elas! (A ilustração é do livro "Mazagão" de Laurent Vidal) Este é o japim, com seus ninhos característicos, numa foto que tirei de uma mangueira bem perto da igreja. São também bem barulhentos e chegam a bicar quem fique perto de seus filhotes. E se tivessem bicado alguns dos portugueses, digo, dos marmanjos somente... Pois, pois!!! Seria um engraçado e inusitado cartão de visitas ao povo da terrinha. Laurent Vidal diz algo interessante em seu livro:É... mais a passagem dos portugueses por aqui não foi feita de maravilhas. A vinda foi uma articulação e manobra política do Marquês de Pombal (influente político na corte portuguesa) e de Mendonça Furtado (Governador do Grão-Pará) para a ocupação destas áreas desabitadas na Amazônia. Muitas vilas foram criadas, entre elas Nova Mazagão. Para cá trataram de enviar estas famílias que saíram expulsas do último reduto português na África. Ressaltamos também que Pombal e Furtado eram irmãos. Na foto ruínas da antiga igreja (Imagem de helidapennafort.blogspot.com ). Carta Topográfica da Vila de Mazagão (Acervo da Mapoteca do Itamaraty) Você identificou Mazagão Velho? Está na parte superior do rio bem no meio do mapa. Em pouco tempo Nova Mazagão entrou em decadência, contribuindo para isso:
Essas razões fizeram com que os portugueses migrassem , permanecendo na maioria a população negra. Por isso que muitos acreditam ser aquela área remanescente de quilombo. Paisagem natural da bacia do Rio Mazagão (Imagem do livro "Mazagão, realidades que devem ser conhecidas", do IEPA). Aqui, no que pareceu um lugar próspero, desenvolveram-se fatos de aflição, morte e dificuldades para os portugueses para cá enviados. Sobreviveu a herança cultural da festa, realizada a mais de 2 séculos. |
Igreja de Nossa Senhora da Assunção, construída em 1935. (Foto do livro Mazagão", do IEPA). Em frente a ela passa a rua Senador Flexa, onde são encenadas as batalhas. Da igreja da época dos portugueses só restaram ruínas. Veja outras fotos da cidade nestes links: - Notícias Amapá - josealbertostes.blogspot.com- Flickriver Vários barcos pequenos de comunidades próximas chegam também pelo Rio Mutuacá para os festejos. Os pioneiros vieram em canoas parecidas a esta.... Haja braço meu filho, para navegar com esse batelões! O quê!!? Nem imaginas... (A ilustração é do livro "Mazagão" de Laurent Vidal). |
Vista em frente à igreja, vê-se ao fundo o Rio Mutuacá. Existe uma lenda local de um padre desonesto que lançou uma maldição, dizendo que o rio secaria (depois publico essa história no blog). A vazão do rio em determinadas épocas diminui bastante, mas nada que o possa ter extinguído... até hoje. Em frente a igreja vemos o busto de dois padres. Um deles é o Pe. Júlio M. Lombard (esse padre foi extremamente conservador e radical, entrando em conflitos com a cultura do marabaixo e evangélicos em Macapá). |
Vista da igreja e interior, em Mazagão Velho. Tem muitas imagens, até pelas paredes, com destaque para São Tiago e São Jorge, que seriam soldados na sangrenta e violenta guerra entre mouros (mulçumanos) e cristãos (portugueses) na África. Olha, estou só descrevendo os fatos... Nada além disso. |
Mazagão Velho é uma vila pequena, além da igreja, tem entre os pontos mais visitados a praçinha, o balneário no Rio Mutuacá (tudo muito modesto) e as ruínas da antiga igreja , além de outras festas religiosas. O maior movimento para lá praticamente é só na duração dos festejos religiosos. A separação entre Mazagão Velho e Mazagão Novo é um dos motivos do pouco crescimento. Esse fato foi motivado entre outros aspectos: - por epidemias que teriam assolado os primeiros colonos (febre amarela, cólera... é o que vi em livros e o narrador da festa citava), obrigando-os a buscar novas paragens; - a transferência da sede para um novo povoado, por motivos políticos (segundo a história, uma autoridade política sofreu um atentado em Mazagão Velho, resultando na morte de sua filha). Essas informações foram narradas por locutores na festa. |
Com a formação de Mazagão Novo e sua homologação como sede municipal, todas as benfeitorias passaram a ser centralizadas (ficando Mazagão Velho em um sub-desenvolvimento). A estrada para lá ainda não foi asfaltada e o crescimento tem acontecido, lentamente é verdade... mas tem ocorrido. Estive lá em 1993 e hoje vejo o contraste do crescimento. Na foto o pórtico próximo a praça que dá acesso à igreja e ao balneário. Olha aí a estrada que vai para lá (cerca de 36 km de Mazagão Velho para Mazagão Novo)?. Alguns trechos ficam precários, devido as chuvas e o trânsito acentuado durante a festividade. Será que tem que se esperar mais uns 200 anos para receber um asfalto? Olha que a festa é a principal e a mais tradicional deste Estado!!! Todo ano vários políticos vão lá, disputam espaço para conduzir imagens na procissão e os locutores não cansam de bajular. Esse ano (2011) foi lá também a Ministra da Igualdade Social. Que as coisas também aconteçam para aquele povo, conforme a realidade se apresenta e pede intervenções. Aqui uma reportagem da Folha de Mazagão (Maio/Abril - 2011) sobre as condições da estrada. Outro recorte (Jornal do Servidor - 04 a 14 de julho/2011) sobre as condições da estrada e o jogo de interesses. Se existem numa festa, imagina o quanto em uma guerra!!! A religião muitas vezes é só uma máscara para as ambições humanas. Se os interesses divinos fossem celebrados, os homens estariam festejando o amor, o perdão, a paz e a conciliação entre os povos. E mais um recorte de jornal ("A Gazeta", de 27/07/2011). O texto é da coluna do Olimpio Guaraniy. Mais uma vez... São ilustrações... Entendes? Eu não disse gente!! Olha aí os políticos com as imagens... O Governador Camilo (de barba), o Senador Randolf e a Deputada Cristina. Tem outros, mas não sei os nomes. Cada um faça o que queira... Mas, é o que realmente importa ao povo, que ações e políticas de empreendimento ao município evidenciem-se nas pegadas de suas passagens por este lugar. |
Foto de Márcia do Carmo. A inauguração da praça ocorreu nos festejos deste ano (passou por uma reforma e melhorias por iniciativas do GEA). Notícia do Jornal "A Gazeta", de 27/07/2011: Prefeito de Mazagão afirma que governo transformou evento em um grande palanque político.
?????É nessa pequena vila histórica que desde 1777 tem sido realizada a Festa de São Tiago. (Foto do Jornal "Folha de Mazagão", de 28/02/2011). Esta via principal que entra e corta a cidade é a Travessa N. Sra. da Assunção. Vista aérea sobre o rio Mutuacá em Mazagão Velho. Foto do daltomartins.blogspot.com Em 2011 completaram 234 anos de festejos no município. Na foto o pórtico inicial da cidade.??? |
Tradição trazida da África em que os moradores da região, através de teatro a céu aberto, recontam a luta travada entre mouros e cristãos na costa africana. |
Este São Tiago guerreiro, muito diferente do Tiago amoroso e evangelista (discípulo de Jesus) é também chamado de Mata-Mouros. Frequentemente é mostrado em um cavalo branco, com a espada em punho e a espezinhar os mouros sob as patas de seu cavalo. Uma propaganda sub-liminar de incentivo à guerra e, ao mesmo tempo, ter uma idéia pré-formada sobre os mouros. Esse é o Tiago que interessava aos líderes e senhores da guerra. Esse tipo de propaganda é algo comum ainda hoje. Lembra, por exemplo, da época da ditadura militar... Quantas idéias eram fomentadas, cridas e disseminadas, sem que se tivessem um conhecimento mais apurado. Esta é uma imagem de Tiago sendo mostrado em sua postura de herói e vencedor. Será que sob estes ornamentos estão também representados os mouros subjugados e sendo mortos sob as patas do cavalo? A representação mundial e secular do santo assim o faz, ou fazia, e, desta forma, se assim for, creio mostrar um quadro de glorificação de ideais humanos... dentro da igreja. De qualquer forma, se não está presente fisicamente na imagem, simbolicamente está, pois não é para abençoar que a espada originalmente está sendo empunhada. (A foto é do blogdodinizsena.blogspot.com). Essas são minhas opiniões... Apenas tento entender. VOCÊ COM SUAS CONCEPÇÕES.... AS TENHA.... MAS PROCURE TAMBÉM ENTENDÊ-LAS COMO AQUI TAMBÉM TENTO FAZER COM AS MINHAS. POSSO ESTAR ERRADO, MAS TENTO ENTENDER. Hoje (10/08) fui em algumas lojas de imagens em Macapá, queria ver como é disponibilizada a imagem, mas não as encontrei e segundo me falaram nunca receberam nesta forma de cavaleiro. Afinal não deixa de ser hoje algo politicamente incorreto a veneração à representação de um homem ... vencendo? propagando a cristandade? cumprindo o " ide" de Jesus? ...Matando. Na igreja, local onde se deve propagar o amor de Deus,...não estaria sendo venerada a imagem de um assassino!? Mata-mouros é o nome que tem a séculos, desde antes do descobrimento do Brasil. Há 3 formas como é representado em imagens: como apóstolo (com um livro aberto na mão e cajado), como peregrino (forma mais comum, também com um cajado, livro e chapéu) e o mata-mouros (não encontrada pelo impacto da imagem, as cabeças decepadas e mouros mortos tem sido substituídos por flores). Veja aqui uma postagem muito interessante sobre esse assunto "Os nomes de São Tiago" de Clinete Lacativa. Este é Alexandre o Grande, o mais célebre conquistador da história antiga. Sua figura representa um ideal de líder militar aclamado entre os exércitos de todo o mundo. Sua figura de guerreiro vencedor transmite um ideal a seus seguidores. Alguma semelhança? Encontramos no livro de Apocalipse a referência a um cavaleiro montado em um cavalo branco como um vencedor:
Alguma semelhança? Você conhece uma história de um cavaleiro desconhecido, montado em um cavalo branco a guiar à batalha um exército e a devastar o inimigo numa empreitada acreditada como interesses divinos? ESSAS SÃO MINHAS PERCEPÇÕES, TODOS TEM DIREITO DE ACREDITAR NO QUE QUIZER, NÃO SOU DONO DA VERDADE. MEU OBJETIVO É APENAS TENTAR ENTENDER E PARA ISSO BUSCO TUDO QUE, NO MEU ENTENDIMENTO, POSSA ME LEVAR A ISSO. O QUE VOCÊ ACREDITA É DE SUA ESCOLHA, ASSIM COMO TENHO TAMBÉM AS MINHAS. |
Folder deste ano (2011) |
Material promocional coletado na festa (2011) Este é um folder mais antigo (2004) |
Balneário cheio de gente. Veja como o rio é estreito. Fico imaginando isso tudo cerrado e cercado de mata virgem na época da chegada dos portugueses... Foi um feito admirável a navegação e chegada nestas terras!!! Imagens do balneário. Ei mocinha!!! Cuidado para não quebrar o brinquedo das crianças!!!! |
Os festejos vão de 16 a 28 de julho, data em que teriam acontecido as batalhas. Os dias 24 e 25 são os principais, com:
Entre esses dias se desenvolvem festas populares com músicas pop, pagode, axé, tecnobrega (essas coisas que fazem sucesso aqui no Norte) e o povo concentra-se principalmente no pequeno balneário às margens do Rio Mutuacá. |
Foto de Ronne Dias |
Foto do amapadigital.net |
O dia 25 e o ápice da festa, ocorrendo:
Este folder é da programação em 2011 (encontrei no blog de fabricioflexa.blogspot.com) |
A procissão dá a volta na cidade e termina na Igreja de N. Sra. da Assunção. Além da idolatria a São Tiago e São Jorge, segue acompanhada dos cavaleiros cristãos e mouros, também das personagens Atalaia, Tiago, Jorge e o Menino Caldeirinha. Alguns políticos do Amapá aproveitam também para ir no cortejo (governador, deputados, senador e secretários). |
Os cristãos (portugueses) estão de branco e os mouros (mulçumanos) de vermelho. |
No trajeto, muitos devotos dos santos e tradições. Chegada da procissão na igreja. Os cavaleiros Jorge e Tiago preparam-se para a entrada na igreja. |
...Entram com cavalo e tudo, conduzindo as imagens. O padre recebe-as e faz uma breve celebração. Entrega das imagens. A pequena igreja fica lotada. |
Ao meio-dia o Bobo Velho faz suas 03 passagens, sendo apedrejado no trajeto. Claro que o apedrejamento é simbólico e só é permitido atirar bagaço de laranja. Ih!!! É um fuzuê danado, com muitas vaias! O figurante, que não é nada bobo, vem todo protegido e a polícia é alertada. O cidadão passa pela rua na frente da igreja e dá a volta pela rua da praça. A garotada se diverte e corre para atirar-lhe laranjas nas duas ruas. O locutor enfatiza para arremessar só no cavalo. Oras... Que nada.... Acertei uma laranja bem na costela do tal bobo velho na 2ª passagem. Toma-te!!! Ah! Mas é tudo bagaço de laranja e não exagerei na dose!! Eu lá vou acertar no pobre do cavalo, que nada tem a ver com nossas loucuras. Deu prá ver que o figurante sofre bastante e, às vezes, é substituído antes de completar todo o trajeto. Antes o Bobo Velho usava um capacete artesanal na encenação. Agora, por medida de segurança, usa um capacete bem reforçado de motociclista, pois recentemente atiraram-lhe uma pedra, quebrando a cabeça. Algo lastimável! |
1- A descoberta do Atalaia
2- Morte do Atalaia
3- A armadilha (emboscada feita pelos cristãos)
4- A captura e vendas dos meninos cristãos e a partilha do dinheiro entre os mouros
5- Troca do corpo do Atalaia pela bandeira moura
6- Batalha entre Mouros e Cristãos, tomada do estandarte dos Mouros e batalha final
Na Cena 1 o Atalaia (um espião cristão) foi enviado ao acampamento dos Mouros e conseguiu apoderar-se (roubar) a bandeira dos inimigos. Ele foi descoberto, perseguido e ferido. Mesmo assim consegue aproximar-se do acampamento cristão, dá o alerta e joga o estandarte para os seus. Na foto a bandeira já está em posse dos cristãos. Os cavaleiros na frente são: Jorge, Tiago e o Atalaia. |
É mais ou menos assim o desenrolar da ação: partem 2 cavaleiros (mouro e cristão) de seus acampamentos (lados opostos da rua) se encontrando na frente da igreja, onde fazem um desafio de guerra. Retornam então a suas fileiras e em seguida parte um cavaleiro cristão (o atalaia) para espionar as tropas mouras. O cavaleiro vaga entre os mouros e em seguida vem no galope com a bandeira roubada. Os mouros o perseguem tentando recuperar, mas já era, ele entrega aos cristãos. Os mouros frente à tropa dos cristão retornam em desabalada carreira. Fim da cena. Tudo vai sendo narrado pelo locutor com o apoio de estudiosos da festa. |
Na Cena 2 o Atalia é morto e seu corpo é carregado para o acampamento dos mouros. Na história original a morte do Atalaia ocorre no final da primeira cena, quando é alcançado já muito ferido, após jogar a bandeira aos seus. Para dar maior destaque, a cena é contada neste segundo ato. O Atalaia faz novamente um desfile pela rua, vai ao encontro dos mouros e retorna à frente da igreja. Neste momento é cercado por um grupo de mouros mascarados (uma estratégia para assustar os cavalos dos cristãos) e um toque de tambores e corneta é soado. Os narradores vão glorificando o feito do Atalaia e tiros são disparados. A cada rajada um mascarado vai estourando um líquido na roupa branca do cristão, simulando os projéteis. O Atalaia ergue a espada, diz algumas palavras (Morra o homem e deixe a flâmula!) e cai do cavalo. Seu corpo é então carregado pelos mascarados em grande júbilo. Primeiro erguem-no e em seguida colocam-no na garupa de um cavalo, retornando a suas fileiras. Fim da cena. Na história o Atalaia tem sua cabeça decapitada e espetada na ponta de uma lança. Dessa forma, na impossibilidade de exibir sua bandeira, os mouros exibiam então a cabeça do Atalaia às tropas dos portugueses. |
Na Cena 3 os cristãos decidem se vingar e armam uma emboscada que dizima uma patrulha moura. Isso enraqueceu muito estas tropas, obrigando-os a planejar alguma estratégia de reabilitação. |
Na Cena 4 ocorre o rapto das crianças cristãs e a distribuição do lucro entre os mouros. |